Joanna de Ângelis
Ao principiante, desabituado, parece difícil a saudável tarefa da meditação.
Certamente que todo labor em começo, passado o entusiasmo inicial, se apresenta de complexo prosseguimento.
Acostumado à variedade de pensamentos, especialmente os vulgares, que se alternam com celeridade substituindo-se de modo contínuo, é perfeitamente natural que a fixação de uma ideia edificante se apresente como verdadeiro desafio.
Indispensável, para o êxito do tentame, a motivação, cuja carga emocional canaliza com segurança o interesse do candidato.
O profano que tem as suas atrações nas questões mortas para o espírito, mais estimulado pelas sensações do que pelas emoções, após algumas tentativas infrutíferas, desiste da meditação, decepcionado.
Crê ser impossível de conseguir.
No inconsciente está a evadir-se da experiência nova, saudoso dos hábitos fortes a que se acostumara.
Bastaria, no entanto, que porfiasse no treinamento e os resultados o surpreenderiam agradavelmente.
Nunca, em qualquer em outro tempo, o homem experimentou tanta necessidade de meditação quanto ocorre em nossos dias.
A luta pela sobrevivência, mais exaustiva e violenta, requer caracteres calmos e disciplinados, a fim de não sucumbir ante os fatores que comprimem a vontade ou a levam a explosões temperamentais danosas.
A meditação dulcifica a aspereza da luta, harmoniza o intelecto com o sentimento e acalmando o homem.
Não será, porém, por efeito de uma ou outra experiência mágica, de cujos resultados imediatos se beneficiará o indivíduo, antes, através de expressivo esforço.
A disciplina, a freqüência do exercício, o conteúdo de que se reveste a temática, são essenciais ao êxito do empreendimento.
Toma de uma página do Evangelho de Jesus,
lê pausadamente, digerindo-lhe o significado, e
concentra-te nela, fixando-a.
Retira todo o superior contingente de informações e
reflexiona em cada mensagem que se te revele.
Insiste em evocar-lhe
a forma,
o sentido e
como te poderá ser útil.
Analisa-a, sem pressa, após o que,
medita em torno do seu conjunto, por fim,
no espírito que te apresenta.
Habitua-te a este pequeno mister e estarás iniciando a meditação que te levará à paz de consciência e à alegria de viver.
Meditando com regularidade, age com inteireza moral, sem afronta ao programa interior, assim evitando conflitos e confrontos entre o que constróis na área psíquica com aquilo que realizas no campo físico.
Mesmo que disponhas de pouco tempo, utiliza-o para a meditação, descobrindo, logo depois, que, assim agindo, o tens dilatado, benéfico.
A meditação abrir-te-á as portas para a perfeita união com Deus que a oração te facultará.
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(De “Momentos de Esperança”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)
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Há três coisas que nunca deixo de fazer:
- as meditações matutinos e vespertinas;
- os exercícios (de energização) e o
- serviço ao próximo.
Faço essas coisas religiosamente; as outras coisas de menor importância eu dou um jeito de fazer.
Paramahansa Yogananda,
Jornada para a Autorrealização